Proteção Civil e os jovens torrejanos na Maria Lamas

Nesta última segunda-feira, dia 13 de junho, na Escola Maria Lamas, as turmas 10.º CTC/LHB convidaram o Coordenador Municipal da Proteção Civil, Engenheiro João Paiva Ribeiro, no âmbito do seu tema dos domínios de autonomia curricular, Proteção da Terra e do Património.

            O engenheiro João Ribeiro formou-se em engenharia Agropecuária, pelo Instituto Politécnico de Coimbra, e em Engenharia de Proteção Civil, pelo ISEC, em Lisboa; é mestre em Riscos e Proteção Civil e possui uma Pós-graduação em Proteção Civil pelo Instituto Politécnico de Castelo Branco, entre outras formações de relevo.

            A palestra começou com uma apresentação do Coordenador da Proteção Civil feita por dois alunos destas turmas e, depois, deu-se início à sua comunicação.

       Começou por falar sobre o seu trabalho, tocando em detalhes da orgânica da Proteção Civil do Município. Posteriormente, mergulhou nas catástrofes que afetaram Portugal, dando importância ao terramoto de 1755, ao deslizamento de terra na Madeira em 2010, à situação da Covid-19, aos refugiados da Ucrânia, e deteve-se, especialmente, nos incêndios de Pedrógão. Com este assunto, João Ribeiro partilhou histórias das suas experiências e destacou o quão a população não está preparada para estas situações: “[o incêndio] a descer e, de repente, ninguém está preparado. Aliás, por mais ocorrências que haja, nós nunca estamos preparados, nunca sabemos o que vamos encontrar”. Segue, dizendo que “o incêndio é risco muito franco, franco neste sentido de honesto, se é que se pode dizer, porque ele uma vez que passa já não volta atrás. Ao contrário do vento, de um sismo, de um tsunami, em que vem uma onda e mais uma e depois recua. O incêndio já não volta atrás.” Derivou desta ocorrência para o que aconteceu a partir de março de 2020, quando a Covid atacou com força Portugal e o mundo. Decidiu também dizer que “não há um herói, são vários. […] e é também aí que entra o voluntariado.”

            Quando questionado se gostava do seu trabalho, o engenheiro respondeu que o adorava e sensibilizou os alunos para a importância do estudo e para o esforço pessoal a fim de alcançar o que queremos. Também lhe perguntaram de onde vinha a sua força interior, tendo reconhecido que vem dos seus genes, dos seus pais , isto é, da influência que estes tiveram na vida do Coordenador da Proteção Civil.

           Com esta palestra culminaram os trabalhos desenvolvidos por estas turmas que procuraram conhecer, identificar e propor ações de proteção do património local natural e edificado, contando com a ajuda das instituições e de toda a população.

Ana Rita Gonçalves, 10CTC