Ensino à Distância II – a sequela

Há cerca de 1 ano este conceito entrou no nosso vocabulário: Ensino à Distância (E@D). Nunca pensámos que um termo tão peculiar fosse tão importante. Simboliza a aprendizagem em segurança e uma fase muito importante na vida desta geração. Hoje estamos a viver o “Ensino à Distância II”. Quem diria que este “filme” iria ter uma sequela. Assim como no ano passado vamos fazer um levantamento dos factos.

Esta decisão foi a solução necessária perante o descontrolo da pandemia. Apesar do conhecimento dos obstáculos que iríamos enfrentar, todos queríamos vir para casa. Pessoalmente, em meados de janeiro, tinha medo de ir para a escola, medo de aprender. Era necessário atuar, e hoje conseguimos ver o efeito desta decisão no número de casos diários. 

Após o comunicado de António Costa, despedimo-nos dos amigos, voltámos aos computadores, ao google meet e às dificuldades de comunicação. Do mesmo modo do primeiro confinamento esta foi a maior dificuldade que encontrei. Todavia, considero que este segundo E@D funcionou melhor uma vez que já estávamos ensinados. Lembro-me das dificuldades de março de 2020 quando não nos conseguíamos organizar para a realização dos trabalhos ou quando não conseguíamos ingressar nas sessões síncronas. Estes problemas, de forma geral, não existiram, quer da parte dos docentes ou dos alunos. Neste assunto, considero que grande mérito pertence ao nosso Agrupamento que se certificou que todos nós, professores e alunos, tivéssemos as melhores condições para ensinar e aprender.

Existiram, também, vários aspetos positivos. Evidentemente, o ponto mais benéfico foi o facto de estarmos seguros nas nossas casas. Em relação às aptidões escolares, sou da opinião que estávamos a precisar de voltar a este regime pelo que recuperámos muitas competências que estavam desmemoriadas. As mais visíveis foram a autonomia e independência. Sinto que eu e os meus colegas melhorámos bastante estes aspetos. Outrossim a organização foi uma área melhorada. Todos nós necessitávamos de ter uma rotina, o que vai ter uma grande utilidade no futuro. Particularmente, eu aperfeiçoei várias das minhas competências. Para além das anteriormente referidas, melhorei, por exemplo, a redação de composições escritas. A expansão do meu vocabulário será, seguramente, vantajosa para o resto do meu percurso escolar e profissional.

Em conclusão, este pequeno período que se encontra no fim foi necessário e proveitoso para nós em vários aspetos. Nada substitui o regime presencial, contudo, considero que este E@D foi, irrefutavelmente, mais benéfico do que em 2020. Agora que vamos voltar à escola, espero continuar a desenvolver estas capacidades que adquiri. Vamos cumprir o nosso dever como cidadãos e seguir as indicações da DGS e comunicação social, pois não tenho a intenção de viver um terceiro “filme”.

Texto elaborado sob orientação da professora Eulália Tadeu

Imagem obtida em https://www.dnoticias.pt/pais/ensino-a-distancia-e-um-remendo-e-nao-solucao-para-o-futuro-BL6368113