Visitar a biblioteca

Os livros ainda são perigosos por nos levarem a locais diferentes e até proibidos, onde podemos ler pensamentos e assistir a acontecimentos mantidos vivos entre as suas páginas. Há livros fantásticos que podem permanecer esquecidos, durante anos, nas prateleiras. Por isso mesmo, uma visita à biblioteca é sempre um momento de surpresa, em que os alunos se movem em direção às estantes cujos assuntos mais lhe interessam. Vemos jovens a desfolhar livros de design ou de pintura, presos a biografias, ou à procura da BD. O tamanho de alguns livros ou o facto de não possuirem imagens ainda levanta hesitações que encorajamos a ultrapassar. O glossário é uma parte das obras informativas que causa alguma impressão. Na sessão, com o 7º F, observou-se “As mulheres do meu país”, de Maria Lamas, e veio à baila o termo “etnografia”. Os livros trazem sempre palavras novas. Como se vivia de forma tão diferente na época em que a nossa patrona percorreu Portugal para mostrar o modo de vida das mulheres comuns. Este livro está no “fundo local”, juntamente com a Revista Nova Augusta (vimos o título dedicado a Maria Lamas) e as obras de outros autores torrejanos, como as “Histórias azuis e verdes do Bunhal”. Alguém descobriu um livro de Malala e lemos e refletimos um pouco sobre a sua experiência de vida.

Certos livros ainda exibem o preço e são caros. Conversamos sobre a missão das bibliotecas e a importância de restituirmos os livros depois de os requisitarmos, para que todos possamos usufruir deste serviço gratuito. E no final da visita, há até livros que saem pela primeira vez da biblioteca, como a biografia de Hitler, porque todos os leitores são diferentes e esta diversidade ainda nos espanta e traz contentamento.

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